Em 24 dias de ações em combate
aos escorpiões, 4.869 casas foram visitadas e 3.940 toneladas de entulhos foram
retirados de áreas públicas. Cerca de 72 moradores foram notificados por
apresentarem irregularidades. Ainda de acordo com a Secretaria da Saúde (SES),
264 escorpiões foram encontrados nessas residências. Preocupado com a saúde
pública e o aparecimento de escorpiões na cidade, o prefeito José Crespo
determinou uma força-tarefa em combate a este aracnídeo no dia 14 de dezembro
de 2018. Esta decisão antecipou até mesmo o Ministério da Saúde, que anunciou
sua intensificação no dia 17 de dezembro.
Para que as ações sejam
completas, a Secretaria da Saúde (SES), por meio da Divisão de Zoonoses, conta
com o apoio das secretarias de Conservação, Serviços Públicos e Obras (Serpo)
na retirada de entulhos em área pública, Meio Ambiente, Parques e Jardins
(Sema) para roçagem de mato alto, e Comunicação e Eventos (Secom) para
divulgação de orientações na imprensa e redes sociais. Além do Saae (Serviço
Autônomo de Água e Esgoto) para limpeza de bocas de lobos.
Durante as visitas nas
residências agentes da Zoonoses verificam condições favoráveis da proliferação
do escorpião e também passam as orientações à população, inclusive com um
folheto explicativo.
É necessário controlar a
população de escorpiões pelo risco de acidentes, uma vez que a erradicação
destas espécies não é possível e nem viável, de acordo com o Ministério da
Saúde. Algumas espécies estão bem-adaptadas aos ambientes alterados pelo homem
e possuem alta capacidade de infestação e proliferação, por isso, medidas devem
ser adotadas para evitar a sua proliferação.
O trabalho da Zoonoses
consiste em identificar as espécies de escorpião prevalentes no município,
conscientizar a população sobre formas de prevenir acidentes e como evitar a
proliferação destes animais.
Moradores com irregularidades
nos seus imóveis são notificados a se adequarem para evitar a proliferação de
animais sinantrópicos e peçonhentos. Caso não cumpram as notificações, podem
ser autuados.
A Divisão de Zoonoses não
aplica veneno contra escorpiões, em atenção às diretrizes do Ministério da
Saúde. O hábito do escorpião de se abrigar em frestas de parede, embaixo de
materiais, em fendas e rachaduras, aliado a sua capacidade de permanecer meses
sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz. Inclusive, ele possui a
capacidade de permanecer com seus estigmas pulmonares fechados por um longo
período, assim ele se esconde para não ter contato com o veneno.
A aplicação de produtos
químicos e venenos não são indicados por causarem desalojamento dos escorpiões
para locais não expostos à ação desses produtos, aumentando o risco de
acidentes. Em caso de acidente, a vítima deve procurar imediatamente uma
unidade de saúde. Ele somente será encaminhado ao Conjunto Hospitalar de
Sorocaba (CHS) após a avaliação do médico, caso seja necessária aplicação do
soro antiescorpiônico.
A Prefeitura de Sorocaba, por
meio da Secretaria da Saúde (SES) continua intensificando suas ações através da
força-tarefa em combate aos escorpiões. Os trabalhos seguem no bairro
Brasilândia. Secom/Sorocaba(30/01/19)